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Patrícia Ota, Coaching de Executivos fala sobre Procrastinação, ato ou efeito de deixar um assunto ou atividade para depois.

Procrastinação – O que nos faz adiar coisas que são importantes?

Procrastinação, ato ou efeito de deixar um assunto ou atividade para depois, seria um comportamento normal quando falamos em priorizar tarefas. O problema começa quando procrastinamos coisas que são importantes para nossa vida, para o que queremos profissionalmente, nos relacionamentos e na vida social como um todo.

É uma batalha interna entre o prazer imediato e os benefícios das conquistas de longo prazo. Lidar com a sensação de frustração e descontentamento de não caminhar na direção que gostaria e não conseguir sair do lugar, não é fácil e a falta de clareza também pode agravar a situação. Veja como os padrões de autossabotagem, classificados e compilados por Shirzad Chamine, atuam e nos atrapalham, em relação a procrastinação:

O crítico nos faz acreditar que ainda não estamos prontos, que não somos capazes, bons o suficiente, que ainda falta algum conhecimento, uma experiência, muito focado no que falta, no que não temos ainda.

A exigência do insistente é tão alta, que para começar algo precisa de tanta coisa em termos de conhecimento e até mesmo de tempo, já que uma tarefa demora para ser executada, que vai adiando esperando o dia ideal, que nunca chega.

O prestativo costuma procrastinar as coisas que são importantes para si, já que coloca as necessidades dos outros na sua frente. Aceita projetos e tarefas que não são importantes por receio de desagradar e se sobrecarrega.

O hiper-vigilante acumula muita ansiedade focando no que pode dar errado, cria histórias na cabeça, que o faz desistir da execução ou gasta tanta energia que não sobra mais forças para construir o que é necessário para si.

O inquieto pula de uma tarefa para outra, não quer perder nada, mas no final se perde em tantas coisas que começa e não finaliza. A procrastinação vem pela falta de foco.

O controlador procrastina pela quantidade de atividades e coisas que acredita que precisa controlar, diante de tantas demandas autoimpostas, não dá conta e acaba se perdendo.

O esquivo procrastina tarefas e situações desagradáveis, trabalhosas e que não gosta de fazer. O ponto é que nada é 100% bom, gostoso e prazeroso, tudo na vida tem o outro lado que faz parte da construção do que queremos para nossa vida e nossas relações.

O hiper-realizador traz uma cobrança muito grande por realizar, ter sucesso, estar em primeiro lugar em tudo, não é bem uma procrastinação, mas o acúmulo de atividades faz a pessoa não dar conta de tudo, o que traz uma cobrança pelo pouco que não foi feito e se esquece de tudo que já realizou, sentimento de frustração e culpa.

A vítima, acredita que somente terá atenção, se for a vítima da situação, o que a faz ter planos para não dar certo, fica criando justificativas e desculpas para não sair do lugar, esses movimentos são muitas vezes inconscientes.

O hiper-racional procrastina tarefas ligadas a criar e cultivar relacionamentos, ou porque tem dificuldade de fazer ou porque acredita que não é importante, o que prejudica seus relacionamentos como um todo.

Percebe como a procrastinação está ligada aos sabotadores? Eles nos fazem acreditar em algo que nos limita, acumular atividades que muitas vezes nem são importantes e focar apenas no que falta.

Além deles, temos vários outros fatores que fazem as pessoas procrastinarem, como a falta de clareza do que se quer, a intolerância a incerteza, crenças limitantes, entre outras. Por isso, separei 3 passos, quepodem te ajudar a vencer a procrastinação:

O primeiro é ter clareza.

  • Quais as atividades que você procrastina?
  • O que você coloca no lugar?
  • Quais são as desculpas que se diz?
  • Qual sabotador você identifica atuando neste momento?
  • Do que você não quer abrir mão?

Segundo, pense no seu objetivo.

  • Quais as consequências das atitudes de hoje?
  • O que gostaria de construir?

Terceiro, tenha um plano.

  • Liste os recursos que tem hoje e que podem te ajudar.
  • Pense em pequenos passos, quais seriam?
  • Crie um momento de autoavaliação, para você ver seus resultados e traçar novos passos.

Esse é somente um começo. E nem sempre é fácil responder essas perguntas, se precisar de ajuda, conte comigo!

Coragem e Movimento!